Você sabe como investir em ouro?
Quem deseja diversificar o patrimônio, geralmente, tem interesse em investir em ouro.
É que esse metal precioso é um ativo de renda variável muito procurado em momentos de turbulências econômicas.
Aliás, com a pandemia do coronavírus, essa regra se confirmou: o ouro foi o investimento que teve a maior rentabilidade no ano de 2020.
E é por esse motivo que ele é considerado um dos ativos mais estáveis do mercado financeiro, já que ele funciona como a criação de uma reserva de valor.
Então, que tal aprender mais sobre ele?
Se você quer investir em ouro, continue a leitura! Vamos explicar tudo sobre o assunto.

Investir em ouro vale a pena?
Antes de qualquer coisa, é importante você saber que o ouro é considerado o “porto seguro” do mercado financeiro.
É que esse metal é um ativo físico que lastreia a reserva monetária de várias economias globais.
Por esse motivo, muitos investidores pensam no ouro como uma forma de proteger a carteira da volatilidade do mercado.
Moedas fortes, como o dólar, também ajudam a proteger o patrimônio, ainda mais em uma época em que o real não para de desvalorizar.
Porém, em momentos de fortes crises, pode ocorrer a desvalorização de moedas locais, inclusive do dólar e do euro, o que faz com que a busca pelo ouro aumente consideravelmente.
Perspectivas para o ouro em 2022
Por causa da redução de estímulos de bancos centrais, o metal precioso caiu 6% em 2021.
Após um ano fraco, o ouro tem perspectiva positiva para 2022, de acordo com a Black Rock.
Isso pode ocorrer por causa da combinação de taxas de juros reais e demanda por ativos considerados mais seguros, que é o caso do ouro.
Qual a importância do ouro?
Utilizado como moeda de troca internacional, desde 1500 a.C, o ouro, na sociedade moderna, se tornou um ativo de proteção em momentos de crise.
É que no mercado financeiro, existem ativos conhecidos como por oferecer um nível maior de estabilidade diante da queda na bolsa.
Ou seja, espera-se que, enquanto o preço das ações começa a cair, o do dólar aumente. Basicamente, a mesma coisa acontece com o ouro.
Porém, ele é bem mais estável que o real e o dólar.
Além disso, o ouro é um metal precioso e raro. Sua escassez faz com que o valor dele aumente de forma ainda mais significativa.
Entretanto, se você pretende investir em ouro, não deve pensar em uma grande valorização em um curto espaço de tempo, mas sim, na estabilidade do valor, com um potencial maior de valorização no longo prazo.

Como começar a investir em ouro?
O investimento em ouro é caracterizado pela aquisição de metal precioso ou de ativos que tenham o desempenho ligado a ele.
Conheça melhor as opções disponíveis:
1. Ouro físico
Nesse caso, você pode adquirir barras de ouro ou moedas, preferencialmente padronizadas, esperando pela valorização.
A vantagem é que estamos falando de uma reserva de valor durável e de fácil transporte.
Entretanto, é preciso tomar cuidado com o local em que você vai guardar o ouro.
Além disso, você deve ter certeza de que a empresa que está te vendendo as barras de ouro, é confiável.
O ouro físico deve ser comprado apenas em instituições autorizadas pelo Banco Central e pela CVM.
2. Exchange Traded Funds (ETFs)
Os ETFs são fundos de investimentos que adquirem recursos para aplicar em carteiras que seguem algum índice como referência.
Para quem busca investir em ouro, surgiu recentemente uma opção: o GOLD11 – O primeiro ETF em ouro do Brasil.
O GOLD11 é um ETF da XP que tem como objetivo replicar a performance do valor do ouro em dólar, através do iShares Gold Trust.
O GOLD11 facilita a vida do investidor que tem interesse em investir uma parte do seu patrimônio em ouro.
Mas a vantagem é que com o auxílio do fundo do índice, não é necessário obter ouro físico, ou seja, em barras.
O processo é feito de forma extremamente simples: basta comprar e vender o ETF em bolsa, assim como os investidores fazem com qualquer outra ação.
Dentre as principais vantagens do GOLD11, podemos mencionar a diversificação de investimento e baixa taxa de administração.
3. Contratos futuros de ouro na bolsa de valores
O contrato futuro é um tipo de derivativo negociado no mercado futuro.
Ou seja, é o contrato de aquisição e venda de um determinado produto.
A B3, a bolsa de valores do Brasil, também atua como reguladora das operações.
O compromisso é assumido entre as duas partes (compromisso de adquirir ou vender um ativo em uma data determinada e por um valor determinado).
Desse modo, quando chegar a data de vencimento, o comprador vai receber a quantidade que foi acordada com o valor estipulado no contrato.
Os contratos futuros de ouro são acordos de aquisição ou venda que visam garantir e estabelecer na data presente a cotação de preço da grama de ouro em uma data futura.
Cada contrato equivale a 250 gramas de ouro fino, que ficará custodiado em uma instituição credenciada pela B3.
4. BDRs
O BDR (Brazilian Depositary Receipt), ou certificado de depósito de valores mobiliários, é uma opção para investidores que têm interesse em investir em empresas listadas no exterior.
Desde 2020, a bolsa de valores negocia os BDRs patrocinados da Aura Minerials (AURA33).
No mercado Nacional, a Aura Minerals é a primeira empresa do segmento de mineração de ouro em que você pode investir na bolsa.
Existem riscos de investir em ouro?
Mesmo que o ouro seja considerado uma reserva de valor, ele possui uma parcela de riscos, já que estamos falando de renda variável.
O principal risco é a queda de preço dessa commodity, pois o preço pode baixar quando o mercado estiver mais focado em outros ativos.

Conclusão
Viu só? Investir em ouro não é difícil!
Esse investimento é uma forma de diversificar a sua carteira e garantir a estabilidade do patrimônio.
Aliás, você pode até mesmo fazer investimentos sem precisar comprar ouro físico em bancos e entidades especializadas.