O adiamento do pagamento total da fatura do cartão de crédito leva ao aumento da dívida, que pode sair do controle do cliente. Quem não tem o valor total para pagar a fatura, terá a dívida corrigida por taxas de juros anuais superiores a 300%, podendo chegar até 875%, segundo a Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor). Em outros países, a taxa do rotativo do cartão é somente de 3%.
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A maior parte das dívidas do Brasil vêm de uma mesma origem, que é exatamente o meio que cobra as maiores taxas de juros do mercado, o cartão de crédito.
Juros rotativo e parcelado
Muitas dívidas do cartão de crédito se tornam uma bola de neve por conta dos juros compostos, uma fórmula da matemática que aplica juros sobre juros.
Desse modo, o valor cobrado vai crescendo cada vez mais, uma vez que os juros aplicados seguem acima de um valor que já está corrigido e atualizado, o que acontece quando se deixa de pagar a dívida do cartão de crédito.
Os juros compostos são utilizados no mundo todo, porém no Brasil eles são altos e essa composição traz uma diferença enorme quando se compara com outros países, onde a taxa de juros é de 3% ao ano.
De acordo com a Proteste, os juros rotativos médio no Brasil é de 12,5% ao mês, o que totaliza 329,3% ao ano. Logo, uma dívida de R$ 1 mil, em 30 dias, pode se transformar em R$ 1.125,20.
Como se não bastasse isso, um levantamento feito pela Proteste mostrou que os juros cobrados dos cartões podem chegar até 875,25% ao ano. Logo, uma dívida de R$ 1 mil pode chegar a quase R$ 10 mil em apenas um ano.
O mesmo débito de R$ 1 mil, sendo parcelado em 12 vezes com juros de 8,35%% ao mês, correspondente a 161,5% ao ano.
No site do Banco Central é possível conferir o ranking de taxas de juros que são cobradas hoje pelas instituições financeiras.