Será que vale a pena investir em fundos imobiliários em 2022?
Investir em fundos imobiliários pode ser uma excelente maneira de diversificar a sua carteira.
O brasileiro, geralmente, investe em imóveis através da compra deles na forma física, como um apartamento ou sala comercial.
Obviamente, adquirir um imóvel como forma de investimento, é uma excelente forma de obter uma nova fonte de renda.
Entretanto, existe uma outra opção mais rápida e menos burocrática para aplicar nesse setor: os fundos imobiliários (Fiis).
Pensando nisso, preparamos um guia completo para você entender tudo sobre o assunto. Continue a leitura para saber mais!

O que são fundos imobiliários?
Os fundos imobiliários funcionam como os outros fundos de investimentos.
Eles reúnem pessoas interessadas em investir e possuem gestores especializados pelo controle e gerenciamento do dinheiro que será aplicado.
Ou seja, os fundos imobiliários são controlados por uma gestora de fundos e um gestor, que irá monitorar diariamente o mercado financeiro e fazer a administração do patrimônio do fundo.
De acordo com os resultados obtidos, o gestor faz as alocações necessárias. O objetivo sempre é ter o máximo possível de rentabilidade.
Os resultados do fundo, sejam bons ou ruins, são repassados para os cotistas.
Todos os cotistas pagam o mesmo valor por uma cota de fundo. Isso significa que quanto mais cotas forem compradas, maior tende a ser o lucro ou o prejuízo do investidor.
Como funciona a rentabilidade dos fundos imobiliários?
A rentabilidade dos fundos é influenciada pelos tipos de ativos que compõem a carteira e pelas condições do mercado.
Os Fiis que possuem imóveis bem localizados costumam gerar retornos mais atrativos.
Ou seja, nesse caso, funciona basicamente como um bem físico.
Por exemplo, se você tem uma sala comercial localizada em um ponto muito procurado da cidade, com grande circulação de pessoas, é normal que a valorização seja maior.
Além dos rendimentos das cotas, os fundos pagam aluguéis mensais, que estão sujeitos às oscilações.
Isso significa que quando o imóvel está totalmente alugado, os rendimentos são mais altos.
A taxa de juros influencia nos fundos imobiliários?
A elevação recente na Taxa Selic confirmou o novo ciclo da alta da taxa de juros.
E é importante você saber que os Fiis são sensíveis às oscilações da curva de juros.
Apesar da Selic não ser o que determina as oscilações nas cotas dos fundos imobiliários, ela tem uma certa influência.
A taxa básica de juros iniciou um movimento de queda que durou bastante tempo. Em agosto de 2020, ela atingiu seu mínimo histórico: 2%.
Durante esse tempo, muitos investidores deixaram de lado a renda fixa e começaram a procurar por investimentos na renda variável, como as ações e os fundos imobiliários, por exemplo.
Foi nesse momento que houve uma expansão dos investimentos em Fiis.
Entretanto, o maior impacto vem da expectativa dos juros futuros (taxa que representa a estimativa do mercado para o valor dos juros futuramente).
Os cenários de juros altos (que é o atual momento em que estamos vivendo) são vantajosos para os fundos de papel, pois esses ativos possuem a carteira composta por títulos de renda fixa atrelados ao mercado imobiliário, como as LCIs (Letra de Crédito Imobiliário).
Já quando o cenário é de queda de juros, o crédito facilitado estimula os fundos de tijolo.

Por que investir em fundos imobiliários?
Agora que você já sabe o que são fundos imobiliários e como funciona a rentabilidade desse tipo de investimento, está na hora de conhecer melhor as vantagens de investir em Fiis.
Vamos ver isso juntos? Continue a leitura e conheça melhor as principais vantagens dos fundos imobiliários:
1. Aplicação inicial baixa
Se você deseja comprar um imóvel, sabe que vai precisar dispor da quantia correspondente ao bem ou então, entrar em um financiamento.
Já nos Fiis, até mesmo os pequenos investidores, conseguem ter acesso a empreendimentos de valor elevado.
Através da negociação de suas cotas, os Fiis possibilitam a aquisição de pequenas partes de grandes imóveis, fazendo com que o investidor possa se beneficiar de uma parcela proporcional dos lucros gerados por eles.
2. Rendimentos mensais
A Lei Federal 8668/1993 diz que todo Fundo Imobiliário deve distribuir no mínimo 95% de seu resultado semestral.
Contudo, é bem comum que esses fundos paguem o rendimento de forma mensal, fazendo com que o cotista possa se organizar melhor financeiramente.
Os outros 5% podem ser retidos pelos gestores a título de reserva emergencial.
3. Liquidez
Os fundos imobiliários oferecem uma liquidez bem maior do que a de imóvel físico.
É que você pode vender as suas cotas a qualquer momento.
Para vender os Fiis, você só precisa entrar no home broker da corretora e fazer a sua oferta de preço.
Já com um imóvel físico, isso não acontece, pois você pode levar meses ou até mesmo anos para realizar a venda.
4. Diversificação
Obviamente, os fundos imobiliários apresentam determinados riscos.
Afinal, estamos falando de renda variável.
Mesmo assim, eles apresentam boas possibilidades de lucro e são considerados ótimos investimentos para diversificação da carteira.
Ou seja, se você tem um perfil de investimento mais arrojado (que está disposto a correr riscos em troca de maior rentabilidade), deve considerar o investimento em Fiis.
5. Rentabilidade
A rentabilidade de um fundo imobiliário costuma ser maior do que a de um imóvel físico.
É que, quase sempre, o patrimônio é composto por empreendimentos utilizados por empresas reconhecidas e shoppings de grandes cidades brasileiras.
Ou seja, o potencial de valorização é alto. Além disso, também tem o recebimento de aluguéis mensais.
6. Baixa volatilidade
Os Fiis apresentam baixa variação nos preços das suas cotas quando comparado com ações.
Mesmo que o valor das cotas oscile com o tempo, a volatilidade ainda será menor do que as das ações.

Conclusão
Agora você já sabe que os fundos imobiliários são ótimas opções de investimentos e podem te gerar uma renda extra.
Mas para aumentar os seus ganhos, minimizar os riscos e proteger o seu dinheiro, é importante diversificar a sua carteira.