Infidelidade financeira: o que é e como evitar

O assunto infidelidade financeira tem se tornado cada vez mais comum nos tribunais, de modo que vem servindo como alegação em casos de divórcio.

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Em geral, as acusações são relacionadas a perda de bens em virtude de omissões do parceiro, ou até mesmo golpes financeiros.

Mas, você sabe o que realmente é infidelidade financeira? Caso a sua resposta seja não, fique despreocupado (a), pois hoje falaremos justamente sobre isso.

Portanto, se deseja saber como se proteger de possíveis golpes financeiros no matrimônio, continue a sua leitura!

O que é infidelidade financeira?

Você certamente já deve ter ouvido falar em inúmeros casos onde alguém saiu de um casamento sem direito a absolutamente nada.

Em geral, neste tipo de situação uma das partes sai prejudicada pois só descobre no divórcio que o companheiro colocou todos os bens em seu próprio nome, com regime de separação total de bens no casamento.

Quando falamos em infidelidade financeira, esta situação pode ser usada como exemplo, visto que uma das partes manipulou as coisas, a fim de prejudicar a outra financeiramente, visando apenas o próprio benefício.

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Mas, diferentemente do que muitos acreditam, a infidelidade financeira não ocorre apenas em casos graves, podendo ocorrer até mesmo em coisas simples, como saques feitos em conta conjunta sem o consentimento do parceiro.

Então, este termo se refere à conduta de esconder ou manipular informações do parceiro, a fim de obter vantagem financeira sobre o outro dentro de uma vida conjugal.

Infidelidade financeira é crime?

Conforme vimos anteriormente, podemos considerar infidelidade financeira toda e qualquer prática que visa esconder informações relacionadas a dinheiro ou bens do parceiro.

E, também evidenciamos que muitas pessoas saem prejudicadas de casamentos em virtude desta prática, visto que perdem seus bens por estes estarem apenas em nome do ex-companheiro.

Isso abre espaço para uma dúvida: afinal de contas, infidelidade financeira é crime?

Bom, não existe um crime específico com esta descrição, mas, se considerarmos que o crime de estelionato diz respeito a usar de mentiras ou omissões para obter vantagem financeira ou em negociações, podemos dizer que a prática de infidelidade financeira pode ser descrita como um tipo de estelionato.

Além disso, existem crimes específicos relacionados a tentativas de golpes em casamentos e relações amorosas.

No entanto, é importante esclarecer que a configuração de crime depende do tipo de prática, afinal de contas, o simples fato de você não ter conhecimento do salário do seu companheiro não é crime.

Assim sendo, a avaliação criminal da prática depende de um julgamento oficial, de modo que, aqueles que sofrem com esse mal devem levar a situação à justiça.

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Sinais de infidelidade financeira 

A esta altura você já sabe bem o que é infidelidade financeira, de modo que já deve ter pensado em inúmeros exemplos que observou em sua vida.

Mas, você sabia que nem sempre os sinais deste problema são evidentes? Na maior parte dos casos, as práticas são sutis, de modo que o parceiro prejudicado sequer desconfia.

Neste caso, a parte lesada só percebe a maldade das atitudes na separação, ao verificar que teve sua conta zerada por saques do ex-companheiro, ou até mesmo seus bens em nome de terceiros.

Por isso, é importante conhecer cada sinal deste problema, a fim de se prevenir. Veja alguns exemplos a seguir.

1. Seu parceiro não te dá acesso às contas 

É muito comum que em uma relação conjugal haja uma pessoa responsável pelas finanças, a qual tem acesso a todos os dados e contas.

Em geral, isso ocorre por consenso, ou seja, as partes concordam que alguém seja o principal responsável por esse setor, e até aí, não existe problema.

Mas, se você não tem acesso a absolutamente nenhuma conta e sequer sabe quanto o seu parceiro ganha, é um sinal de alerta.

Isso vale especialmente para casos onde o parceiro se recusa a passar informações, afinal de contas, por qual motivo alguém te negaria informações de suas próprias finanças?

2. Todos os bens estão em nome do cônjuge ou até mesmo de terceiros 

Em uma relação conjugal a aquisição de bens é natural, sejam estes veículos, imóveis ou até mesmo investimentos.

E, considerando que os bens são adquiridos durante a união, é estranho que estes fiquem apenas em nome de uma das partes.

Afinal de contas, se vocês compraram o imóvel em conjunto, por qual motivo apenas um deve ser considerado proprietário ?

Um caso ainda mais grave é quando este bem é colocado em nome de terceiros, como sogros, cunhados, ou até mesmo amigos.

É muito comum ocorrer de uma das partes colocar o carro em nome da mãe, por exemplo, para que, em caso de divórcio, o companheiro não tenha direito a ele.

3. Saques de grande valor sem justificativa, e sem a sua autorização 

Se você tem uma conta conjunta em seu relacionamento é natural que ambas as partes façam saques e transações com o saldo.

No entanto, se o seu companheiro costuma realizar saques de valores altos sem te comunicar, e depois se recusa a justificar, vale ficar alerta.

Isso porque, por ser uma conta conjunta, ambos devem ter livre acesso ao que é feito com o valor, e quando isso não ocorre, pode ser um indício de problemas.

4. Compra de bens sem a sua participação

O seu companheiro costuma comprar carros ou até mesmo imóveis sem te falar nada?

A ideia pode até ser te fazer uma surpresa, mas, se estes bens ficam apenas em nome dele (a), não é um bom sinal.

As contas de um casal devem considerar o benefício de ambas as partes, e não servir apenas para os caprichos e vontades de uma delas.

Lembre-se que este bem em nome do parceiro não será dividido em caso de divórcio com separação total de bens.

Dicas para evitar infidelidade financeira

Se você leu com atenção os tópicos anteriores, já sabe como identificar sinais de infidelidade financeira.

Mas, ainda falta falarmos a respeito da prevenção, afinal de contas, como é possível evitar esse tipo de problema?

Devemos lembrar que ninguém vem com avaliação na testa, então, apenas dizer para escolher o parceiro certo não serve de nada.

Veja agora algumas dicas que realmente funcionam.

1. Converse com o seu parceiro a respeito da vida financeira 

Pode parecer óbvio, mas a maior parte dos casais com problemas financeiros se vêem nesta situação por falta de diálogo.

Em geral, essas pessoas não conversam sobre suas finanças, deixando no famoso “deixa a vida me levar” ou “depois a gente vê isso”.

Por isso, se deseja evitar problemas, converse com o seu parceiro, e deixe bem determinado como tudo funcionará durante a relação.

2. Na compra de bens, faça questão de ter as coisas em seu nome também 

Com o bombardeio de informações e opiniões na internet, hoje temos a impressão de que exigir que algo seja colocado em nosso nome também é praticamente um crime, ou “coisa de gente esperta”.

Mas, se você mora com a pessoa e auxilia no pagamento das contas, deve ter direito ao nome incluído na compra de bens.

Dessa forma, em caso de divórcio, ambos terão direito ao bem, de modo que ninguém sairá prejudicado.

3. Não aceite o envolvimento de terceiros em suas finanças 

Se o seu parceiro chegar com a ideia de comprar uma moto e colocá-la em nome do irmão, jamais aceite isso.

Em geral, este tipo de proposta surge quando alguém tenta evitar a perda de bens por inadimplência, ou outros problemas,

Mas, não aceite isso. As finanças do casal devem ficar entre o casal, então, nada de colocar a casa da praia no nome da sogra ou o aluguel em nome da cunhada.

Por fim, agora você já sabe como identificar e prevenir casos de infidelidade financeira, então converse com o seu companheiro, a fim de garantir a segurança e bem-estar de ambas as partes!

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