Economia Circular: o que é e como funciona? 

O conceito de Economia Circular é visto por muitos como solução para redução dos prejuízos causados ao meio ambiente pelos processos produtivos das indústrias.

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Sabemos que os resíduos gerados pelos processos industriais resultam em impactos relevantes ao planeta, especialmente quando estes não são biodegradáveis.

Pensando nisso, no conteúdo de hoje entenderemos como esse modelo funciona, e de que maneira é aplicado na prática. Para conferir, continue a leitura!

O que é Economia Circular?

A preocupação com o planeta é um dos tópicos mais frequentes na mídia, especialmente com a ocorrência de desastres naturais relevantes.

Sejam quais forem as circunstâncias, algo que sempre vem à tona é: os impactos causados pelas atividades humanas ao planeta estão reduzindo a cada dia as possibilidades de sobrevivência da humanidade a longo prazo. Quanto a isso, os processos produtivos industriais carregam parte importante da responsabilidade.

O conceito de Economia Circular promete auxiliar na redução impactos, uma vez que promove o aproveitamento máximo de recursos por meio de recuperação e aproveitamento. Vamos ao conceito:

Economia Circular é um modelo que propõe o aproveitamento de recursos e materiais, utilizando-os em novos processos da indústria.

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Em geral, isso é observado no uso de resíduos industriais, que antes eram descartados e viravam lixo, e agora são vistos como insumos para novos produtos.

A ideia é reduzir o descarte desenfreado de insumos que poderiam ser usados de forma produtiva, auxiliando tanto o planeta, quanto a economia mundial.

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Economia Circular e Reciclagem: é a mesma coisa?

Quando falamos em Economia Circular, muitos acreditam que o conceito se refere à tradicional reciclagem. Mas, será que é a mesma coisa?

Por teoria, reciclagem é o hábito de reaproveitar recursos dando a eles novas funções, ou até mesmo recuperando-os, para que pareçam novos. 

Podemos considerar que esse conceito se assemelha com o de Economia Circular, afinal de contas, esse segundo modelo também propõe o aproveitamento de recursos para redução de impactos e preservação financeira.

No entanto, a reciclagem se restringe a produtos não-biodegradáveis, então, é feita com o intuito de aproveitar materiais que dificilmente se decompõem na natureza, e que, portanto, geram impactos.

Já a Economia Circular é mais abrangente, uma vez que também foca na preservação econômica, então, é possível aplicá-la também para produtos biodegradáveis, visando a redução do desperdício e consequentemente a preservação financeira.

Por isso, podemos considerar que a reciclagem é um importante hábito dentro desse modelo econômico, visto que auxilia na construção do intuito principal, mas, não deve ser encarada como um sinônimo.

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Exemplos de produtos gerados por Economia Circular em diferentes setores da indústria

Quando apresentamos o conceito de Economia Circular, muitos acreditam ser uma ideia utópica, afinal de contas, como a indústria poderia funcionar com base em reaproveitamento?

É comum a ideia de que isso reduziria a qualidade dos produtos, ou até limitaria as produções. Mas, isso não ocorre na prática.

Na verdade, já existem muitos exemplos de Economia Circular na indústria, e por vezes sequer notamos que o produto é fruto de reaproveitamento. Veja a seguir alguns exemplos:

Alimentos 

Em inúmeras produções industriais de alimentos temos a geração de resíduos, resultado do aproveitamento das partes que interessam para determinado produto.

Por exemplo: para produzir queijo precisamos do leite, correto? Mas, o soro do leite não serve para o produto final, então, se torna um resíduo industrial.

A boa notícia é que esse soro de leite pode se tornar um novo produto, como o famoso Whey Protein, ou até mesmo as misturas lácteas, substitutas do leite condensado e creme de leite.

Perceba que a 10 anos esses produtos não eram populares, mas, hoje em dia são muito importantes para as marcas.

Isso não ocorre só nas indústrias: um confeiteiro utiliza o leite em pó que sobra após confeitar seus doces para fazer recheio de bolo.

Moda 

Existem produtos específicos da moda que as marcas fabricam justamente com o intuito de aproveitar recursos provenientes de outras produções, como é o caso da carteira, por exemplo.

Carteiras, cintos, e até mesmo porta-cartões advêm da sobra de couro da produção de bolsas e sapatos.

Além disso, muitas bolsas e paletós utilizam em seus forros tecidos residuais da produção de peças, como é o caso da seda que sobra dos vestidos de luxo.

Tecnologia 

Você certamente já se perguntou por qual motivo as marcas fazem aquelas campanhas de “traga seu aparelho e ganhe desconto em um novo”. O que a marca ganha com isso?

Esse é um exemplo clássico de Economia Circular, visto que os aparelhos antigos possivelmente servirão como matéria-prima na indústria.

Isso não significa que a marca pegará a placa do aparelho antigo e colocará num novo, por exemplo.

Mas, certamente existem componentes que a marca pode reutilizar e assim reduzir impactos e despesas na produção.

Além disso, produtos que saíram de linha também são constantemente utilizados na produção de novos lançamentos.

Estes são apenas alguns exemplos, visto que é possível observar a Economia Circular com facilidade em todo e qualquer tipo de produção, seja ela industrial ou não.

Esse é um modelo de negócios eficiente?

A esta altura é provável que você já entenda o que é a Economia Circular e como funciona na prática. Mas, será que é um modelo de negócios eficiente?

Nos exemplos pudemos notar que o aproveitamento dos “resíduos” não gera prejuízos à qualidade do produto final, sendo apenas uma forma de utilizá-los e assim evitar o descarte desnecessário.

Então, certamente a Economia Circular é um modelo de negócios eficiente, pois gera economia à empresa, traz novos produtos ao mercado e reduz descartes e impactos ao meio ambiente.

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