Quais são as diferenças entre os títulos prefixados e pós-fixados

As diferenças entre os títulos prefixados e pós-fixados são fundamentais para qualquer investidor que deseja tomar decisões estratégicas e alinhadas ao seu perfil financeiro.

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Entender essas distinções vai além de simplesmente saber qual rende mais.

Em suma, trata-se de compreender como cada tipo de título reage às condições econômicas e quais riscos e vantagens eles apresentam ao longo do tempo.

Continue a leitura desse artigo e saiba tudo a respeito:

O que são títulos prefixados e pós-fixados?

Quais são as diferenças entre os títulos prefixados e pós-fixados

Os títulos prefixados são aqueles em que a taxa de retorno é definida no momento da aplicação.

Isso significa que o investidor sabe exatamente quanto vai receber no vencimento do título, independentemente das oscilações econômicas que ocorrerem durante o período.

Por exemplo, se um título oferece 8% ao ano, esse será o rendimento garantido após o prazo estipulado, desde que o título seja mantido até o vencimento.

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Nesse sentido, essa previsibilidade é uma das maiores vantagens dos títulos prefixados, pois oferece segurança contra variações inesperadas no mercado.

Já os títulos pós-fixados têm sua rentabilidade atrelada a um indicador econômico, como a taxa Selic, o CDI ou o IPCA (índice de inflação).

Em suma, isso significa que o retorno do investimento varia conforme a movimentação desses índices.

Por exemplo, um título pós-fixado atrelado ao IPCA + 3% garante que o investidor receberá a inflação do período mais uma taxa fixa de 3%.

Dessa forma, o rendimento não é conhecido no momento da aplicação, mas acompanha a economia, protegendo o capital contra a inflação e as variações das taxas de juro.

Diferenças principais entre títulos prefixados e pós-fixados

A distinção mais clara entre esses dois tipos de títulos está na previsibilidade da rentabilidade.

Enquanto o prefixado oferece uma taxa fixa e conhecida, o pós-fixado depende da variação de um índice econômico, tornando seu rendimento incerto até o vencimento.

Essa característica impacta diretamente o perfil de risco e o planejamento financeiro do investidor.

Além disso, o risco associado a cada tipo de título difere.

Veja também o nosso artigo sobre: Por que ter várias fontes de renda pode ser mais importante do que ter um salário alto

Os prefixados são mais indicados para investidores que aceitam um grau maior de risco.

Pois, uma alta inesperada na taxa de juros pode fazer com que o valor do título caia no mercado secundário, caso o investidor precise vender antes do vencimento.

Por outro lado, os pós-fixados são considerados mais seguros, pois acompanham índices que refletem a economia, protegendo o capital contra a inflação e oscilações bruscas.

Ademais, outro ponto relevante é o prazo ideal para cada investimento.

Títulos prefixados costumam ser recomendados para objetivos de curto a médio prazo, já que o investidor conhece o retorno e pode planejar melhor.

Já os pós-fixados, especialmente os atrelados à inflação, são mais indicados para prazos longos, pois garantem a preservação do poder de compra ao longo do tempo.

Exemplos práticos para entender as diferenças

Quais são as diferenças entre os títulos prefixados e pós-fixados
Imagem: Canva

Imagine que João investe R$ 10.000 em um título prefixado que oferece 9% ao ano por três anos.

Ele sabe que, ao final desse período, receberá R$ 13.059,71, independentemente das condições econômicas.

Se ele precisar vender o título antes do prazo, pode sofrer perdas ou ganhos, dependendo da taxa de juros vigente no mercado.

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Por outro lado, Maria investe o mesmo valor em um título pós-fixado atrelado ao IPCA + 4% ao ano.

Se a inflação anual for de 3%, seu rendimento será de aproximadamente 7% naquele ano.

Caso a inflação suba para 6%, seu rendimento também aumentará, protegendo seu poder de compra.

No entanto, se a inflação cair, o retorno será menor, mostrando a variabilidade do investimento.

Estatística relevante sobre a popularidade dos títulos

Segundo dados recentes do mercado financeiro brasileiro, cerca de 65% dos investidores em renda fixa optam por títulos pós-fixados.

Principalmente devido à proteção contra a inflação e à segurança proporcionada pela vinculação a índices econômicos.

Por sua vez, já os títulos prefixados representam cerca de 30% das aplicações, sendo preferidos por investidores que buscam previsibilidade e retornos fixos.

Por exemplo, podemos comparar os títulos prefixados e pós-fixados a dois tipos de contratos de aluguel.

O contrato prefixado seria como um aluguel com valor fixo mensal, onde o inquilino sabe exatamente quanto pagará durante todo o período, independentemente da inflação ou do mercado imobiliário.

Já o contrato pós-fixado seria como um aluguel reajustado anualmente pelo índice de inflação.

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Nesse sentido, o valor pode subir ou descer conforme a economia, protegendo o proprietário contra perdas, mas trazendo incerteza para o inquilino.

Tabela comparativa das diferenças entre títulos prefixados e pós-fixados

AspectoTítulos PrefixadosTítulos Pós-Fixados
RentabilidadeTaxa fixa definida no inícioRentabilidade varia conforme índice econômico
PrevisibilidadeAlta – retorno conhecido antecipadamenteBaixa – retorno só conhecido no vencimento
RiscoMaior risco em caso de venda antecipadaMenor risco, pois acompanha a economia
Indicado paraCurto e médio prazoMédio e longo prazo
Proteção contra inflaçãoNão protegeProtege, especialmente se atrelado ao IPCA
Exemplo de índiceNão aplicávelSelic, CDI, IPCA
Perfil do investidorMais arrojadoMais conservador

Será que vale a pena abrir mão da segurança de um rendimento fixo para tentar acompanhar a economia e se proteger da inflação?

Dúvidas Frequentes

1. Posso perder dinheiro investindo em títulos prefixados?
Sim, se você precisar vender o título antes do vencimento, o valor pode estar abaixo do que foi investido devido à marcação a mercado, especialmente se as taxas de juros subirem durante o período7.

2. Os títulos pós-fixados garantem proteção contra a inflação?
Os títulos pós-fixados atrelados ao IPCA ou outros índices de inflação protegem o poder de compra do investidor, pois seu rendimento acompanha a variação dos preços6.

3. Qual título escolher em um cenário de alta taxa de juros?
Em um cenário de alta taxa de juros, os títulos prefixados podem ser menos vantajosos, pois o valor de mercado cai. Já os pós-fixados tendem a acompanhar a alta, oferecendo maior proteção.

4. O que são títulos híbridos?
São títulos que combinam características dos prefixados e pós-fixados, oferecendo uma taxa fixa somada a uma variação de índice econômico, como o IPCA + uma taxa prefixada.

5. Qual o prazo ideal para cada tipo de título?
Prefixados são indicados para curto e médio prazo, enquanto pós-fixados são mais recomendados para médio e longo prazo, especialmente para proteção contra inflação.

Compreender as diferenças entre os títulos prefixados e pós-fixados é essencial para construir uma carteira de investimentos sólida e alinhada aos seus objetivos financeiros.

Em suma, avaliar o cenário econômico, o prazo do investimento e o seu perfil de risco são passos decisivos para escolher a melhor opção e garantir que seu dinheiro trabalhe a seu favor.

Afinal, investir bem é saber equilibrar segurança e rentabilidade de forma inteligente.

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