Derivativos: o que são? Como funciona?

Derivativos: o que são, como funcionam, por que rendem tanto? Se você quer saber, leia neste texto como o mercado de derivativos pode ser uma oportunidade de ouro!

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No Brasil, os derivativos têm se tornado cada vez mais comuns, primeiramente na sua função de proteger contratos, dívidas, fluxo de caixa contra flutuações e exposição ao balanço das empresas e para gerenciar riscos contra oscilações indesejadas. E também como uma opção de investimento, que é o que nos interessa hoje.

Mas muitos têm apenas uma noção superficial sobre os derivativos, e que servem para proteger aplicações, mas não sabem bem ao certo o que são ou como funcionam. Muitos investidores já entendem um pouco mais, e sabem que através de derivativos é possível obter um bom rendimento no mercado.

E por que os derivativos podem ser usados para movimentar valores pequenos, tem se popularizado muito entre investidores no Brasil, em especial chamando a atenção de pessoas físicas.

Talvez você já tenha ouvido falar de swaps, opções e contratos futuros, mas não saiba bem sobre o que se trata. Todos esses termos são nomes de tipos de derivativos, e entraremos em detalhes sobre como funcionam, e falar mais sobre cada um.

O que são derivativos e como funciona?

Primeiro vamos falar sobre o que são os derivativos: contratos onde o valor é derivado (e daí o nome) de um ativo subjacente. Esses ativos podem ser de natureza física, como a produtos agrícolas, maquinário industrial, e até mesmo ouro. Mas também podem ter a natureza de ativos financeiros, e seu preço seria derivado de outros ativos, como ações, ou de taxas de juros e câmbio.

Falaremos mais sobre os diferentes tipos de derivativos mais adiante, mas apenas para esclarecer, vamos citar os nomes dos quatro tipos mais usados: contratos a termo, contratos futuros, opções e swap. Os derivativos funcionam como uma proteção no presente contra uma flutuação de preço no futuro, proporcionando uma garantia do preço que é fixado pelo contrato.

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Por esse motivo que os derivativos servem para a especulação. O especulador negocia o preço e pode lucrar com a diferença do preço no futuro.

Então quando falamos em investir em derivativos, na verdade estamos apostando em um diferencial do preço no contrato ao longo do tempo.

Já falamos sobre como os derivativos servem para proteger as empresas, mas vamos falar mais um pouco agora sobre a especulação dos derivativos. É possível fazer day trade com derivativos, comprando e vendendo no mesmo dia de acordo com a oscilação do preço.

Aliás, é possível também manter a negociação do derivativo aberta por dias, esperando por uma subida no preço para então realizar uma venda.

Outro jeito de se fazer dinheiro com derivativos é através da arbitragem.

Arbitragem significa lucrar com a diferença de preços entre mercados diferentes, para o mesmo produto. Na teoria é muito simples: comprar o derivativo onde está mais barato e vender onde está mais caro. Contudo, o lucro geralmente é mais baixo, e pode ser mais lucrativo se a negociação for feita por grandes quantidades.


Quais são os tipos de derivativos no mercado financeiro?

Como dissemos, existem quatro tipos mais comuns de derivativos no mercado. Vamos detalhar um por um agora, para que você entenda de forma mais completa esse mercado de derivativos.

Contratos a termo

Quem compra um contrato a termo está se comprometendo no presente com um preço determinado de um ativo, estabelecido na negociação do contrato, a ser pago em uma data no futuro.

Basicamente “travando” o preço do ativo para que a empresa mantenha suas despesas ou ganhos futuros sobre controle e assim evitar prejuízos. Neste contrato a liquidação da operação se dá na data de vencimento do mesmo.

Contratos futuros

São muito parecidos com a modalidade anterior, no sentido de que a empresa está negociando um ativo agora, e já estabelecendo o preço, para comprar ou vender no futuro.

A grande diferença é como ocorre a liquidação do contrato.

No caso da liquidação dos contratos futuros, existe o chamado ajuste diário, onde todos os contratos futuros que os investidores mantêm são avaliados diariamente a partir de um preço de ajuste diário, que é uma referência para a avaliação diária.

A diferença no preço do ajuste diário e o preço anterior é avaliada, e o investidor que precisa então pagar a diferença no caso do ajuste ser negativo, e recebe rendimentos caso o ajuste for positivo.

Estes são negociados apenas em Bolsas.

Opções

As opções funcionam como se fossem a promessa de poder comprar ou vender o ativo referente ao derivativo no futuro. O comprador da opção paga ao vendedor um valor, chamado de prêmio, e então ganha o direito de vender um ativo por um preço fixo no futuro.

O comprador da opção é chamado de titular, e possui o direito de exercer a opção de comprar ou vender o ativo na data do vencimento, pelo preço fixo acordado no início.

Possui também o direito de deixar a opção vencer, perdendo apenas o que foi pago pelo prêmio. O vendedor da opção, o chamado lançador, sempre terá a obrigação de exercício se o titular desejar realizar a opção.

Para simplificar, vamos imaginar que um titular compra opções de ações de uma empresa. Se esse titular quiser exercer seu direito de comprar as ações, na data do vencimento das opções, o lançador é obrigado a conseguir as ações para vender para ele pelo preço negociado.

Swaps

Pense em swaps como a troca de rentabilidade entre dois ativos.

Um swap é um contrato em que duas partes negociam a rentabilidade de um ativo em comparação com o outro, como se estivessem trocando fluxo de caixa entre eles, baseado em um valor de referência.

Muitos chamam esse processo de “troca de riscos”, já que as duas partes estão negociando a rentabilidade de dois ativos ou mercadorias distintas.

Um exemplo clássico para entender como funciona esse derivativo é imaginar um swap de ouro feito contra a Ibovespa. Assim, uma parte pagará para a outra a variação que lhe cabe respeito.

Uma paga variação do ouro para a outra, e recebe a variação do Ibovespa, e o contrário acontece com a outra parte, recebendo a variação do outro e pagando a variação do Ibovespa.

Derivativos o que são e como funciona

Quais são os riscos?

A promessa de lucros elevados ao se investir em derivativos é proporcional ao perigo de prejuízo, e por isso consideramos o investimento em derivativos como sendo mais arriscado.

No caso específico do mercado de derivativos, o risco depende muito do conhecimento que o investidor tem sobre o assunto. Quanto mais dominar o assunto, mais seguro será o investimento. Sem o conhecimento necessário, cada investimento parecerá uma aposta – um tiro no escuro, sem saber se atingiu ou não o alvo até ser tarde demais.

Justamente por isso costuma ser mais indicado aos que são mais experientes e que se dedicam mais a estudar o assunto.

O perfil de investidor que mais combina com derivativos é o perfil agressivo – os riscos são maiores do que a média. Saber analisar gráficos são cruciais para tomar uma decisão acertada e conseguir lucro, e não prejuízo, que podem acontecer.

Os riscos associados ao mercado de derivativos decorrem do fato de que esses investimentos são altamente especulativos, e dependem muito de fatores futuros e incertos.

Como dissemos, com um bom conhecimento é possível diminuir esse risco, mas ele estará sempre presente. A economia é imprevisível e os preços combinados no presente podem não refletir bem nos preços sendo pagos no futuro.

Existe também os riscos associados à flutuação dos preços dos derivativos, já que estes são negociados na bolsa, e os investimentos em derivativos não são garantidos FGC (fundo garantidor de crédito) e não possui nenhuma modalidade de garantia de resultado.

Mas não se desanime. Se você é um investidor com um perfil mais agressivo, e procura um investimento com a promessa de lucros elevados, lembre-se que os riscos sempre serão proporcionais aos retornos. O risco pode ser grande – mas a oportunidade também é.


Quais são as vantagens em investir em derivativos?

Os derivativos vêm com duas grandes vantagens que torna o investimento muito atraentes para muita gente: oferecer proteção contra flutuações ou a possibilidade de altos retornos em um espaço de tempo muito curto.

No que diz respeito à proteção dos derivativos, normalmente são usados para quem precisa se proteger de oscilações dos preços de moedas estrangeiras ou de commodities no mercado.

Um exemplo disso é uma empresa que recorre a um derivativo atrelado a cotação do dólar em um determinado dia, e assim contar com aquele preço da moeda por um tempo determinado. Chamamos as operações deste tipo de hedges.

E agora, a grande vantagem que os investidores em particular mais procuram obter quando lidam com derivativos: o alto rendimento em um curto período de tempo. Claro que, como dissemos, o risco é elevado também.

Para conseguir esses valores altos de retorno, o investidor assume uma posição que tenha pouca relação com o que está acontecendo com o mercado no momento, e faz uma aposta a favor de um ativo ou contra.

Digamos que o investidor fez essa especulação sobre um ativo, e apostou que o preço do ativo iria subir drasticamente em um curto período de tempo: se a especulação der certo, e o preço do ativo subir, os lucros podem ser enormes!

Neste ponto, seria prudente reafirmar que investir em derivativos não é indicado para iniciantes.

Os riscos são altíssimos e o conhecimento sobre os derivativos tem que ser muito bom para que a especulação seja feita de forma calculada. Mas para quem quer investir sem conhecer, contratar um profissional especialista é sempre uma opção.


Como investir?

Primeiramente, é bom conhecer o seu perfil de investidor, para entender se os derivativos são mesmo a melhor opção de investimento para você.

Se depois de descobrir qual é o seu perfil de investidor, você decidir que os derivativos são mesmo um investimento atrativo, então é hora de escolher uma boa corretora para que você possa negociar os derivativos. Escolha bem: uma corretora segura que não faz promessas milagrosas de rendimento, pesquise bem para não se arrepender no futuro.

Depois, é hora de analisar os derivativos, escolher em quais tipos você quer investir e estudar até que você os compreenda muito bem. Sem saber com o que você está lidando, é impossível tomar uma decisão e escolher uma modalidade para investir.

Por último, é sempre muito prudente definir uma estratégia de como investir em derivativos. Se no mercado com o preço à vista já é necessária uma estratégia forte, imagine no mercado de derivativos, que trata de especulações sobre o preço futuro dos ativos.

Com uma estratégia sólida, você pode acertar mais vezes em seus investimentos com derivativos.

E agora ao que interessa: um passo a passo de como investir em derivativos na prática.

  1. Abrir uma conta em uma corretora de valores;
  2. Transferir fundos para a conta de investimentos da corretora, para que você tenha dinheiro para negociar;
  3. Acessar o home broker da corretora da sua escolha, analisar os ativos e então começar a operar
  4. Acompanhar o mercado e o desempenho do seu investimento em derivativos até a data combinada.

Conclusão

O mercado de derivativos tem a sua função como proteção para empresas, e por isso são muito negociados por pessoas jurídicas. Como investimento, são ativos de renda variável, e por isso tem os seus riscos que não devem ser esquecidos em nenhum momento.

Mas investir em derivativos pode ser uma opção muito lucrativa para quem estiver disposto a arriscar, mas principalmente a estudar e se informar muito bem para minimizar as perdas.

Comece pequeno, testando as águas e vendo como o mercado de derivativos funciona. O melhor aprendizado na realidade é a prática, e a experiência pode te proporcionar o conhecimento que você precisa para lucrar de verdade.

E se você está começando, o ideal é procurar outras formas de investir o seu dinheiro, com aplicações que ofereçam menos riscos, como fundos multimercados, sem que precise abrir mão de uma rentabilidade respeitável.

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