CDB ou Tesouro Direto: onde investir R$ 1.000 ainda este ano?

CDB ou Tesouro Direto

A escolha entre CDB ou Tesouro Direto é, historicamente, o primeiro grande dilema de quem começa a investir em renda fixa no Brasil.

Anúncios

Com R$ 1.000, é natural buscar o máximo de rentabilidade com a segurança que seu perfil conservador exige.

Vivemos em 2025 um cenário de juros elevados, tornando essa decisão mais crucial do que nunca. É preciso entender as nuances de cada aplicação para otimizar seu dinheiro.

Saber onde colocar os primeiros R$ 1.000 antes do ano terminar pode definir seu futuro financeiro e a sua relação com o mercado.

Analisaremos as vantagens, riscos e a liquidez de cada ativo, sob a perspectiva do atual patamar da taxa Selic e da segurança do FGC.

Este guia completo ajudará você a tomar uma decisão informada e estratégica, saindo do básico.

Sumário

  • O que é CDB e como ele se posiciona em 2025?
  • Como o FGC protege seu investimento em CDB?
  • O que é Tesouro Direto e qual sua relevância atual?
  • Por que a taxa Selic é crucial para o Tesouro Direto?
  • CDB ou Tesouro Direto: Qual a melhor escolha para R$ 1.000?
  • Como escolher o título ideal de CDB ou Tesouro Direto?
  • Quais cuidados tomar ao investir em renda fixa hoje?

O que é CDB e como ele se posiciona em 2025?

O Certificado de Depósito Bancário, o famoso CDB, representa um empréstimo que você faz para a instituição financeira.

Anúncios

Ao comprar um, você empresta dinheiro ao banco, recebendo juros em troca. Ele funciona como uma forma do banco captar recursos para financiar suas próprias atividades de crédito.

O CDB se tornou um queridinho dos brasileiros, segundo dados recentes, devido à sua variedade de prazos e taxas atrativas.

Muitos bancos menores, necessitando de captação, oferecem percentuais do CDI (próximo à Selic) acima de 100%.

Em um ano como 2025, com a Selic elevada a 15% ao ano, títulos pós-fixados se destacam na rentabilidade.

Você encontra CDBs prefixados, onde a taxa de juros é definida no momento da aplicação, oferecendo previsibilidade.

Outros são pós-fixados, atrelados ao CDI, ideais para o atual ambiente de juros altos e incertezas. A modalidade híbrida, que une IPCA mais uma taxa fixa, protege o seu dinheiro da inflação.

Sua flexibilidade, especialmente em relação à liquidez diária oferecida por alguns emissores, faz do CDB uma excelente opção para a sua reserva de emergência.

Contudo, é fundamental checar a solidez do banco emissor, pois a rentabilidade elevada pode indicar um risco maior. Lembre-se que o dinheiro fica travado até o vencimento para garantir a taxa acordada.

Leia mais: Investimentos Baseados em Objetivos: Como funciona e vantagens

Como o FGC protege seu investimento em CDB?

A garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é o principal fator que confere segurança aos CDBs e demais títulos bancários.

O FGC funciona como uma espécie de seguro, restituindo o valor investido caso a instituição financeira venha a falir ou passar por intervenção.

A garantia cobre até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição ou conglomerado financeiro.

O limite máximo de cobertura do FGC é de R$ 1 milhão por CPF ou CNPJ, considerando um período de quatro anos.

Esta regra foi implementada para incentivar a diversificação e limitar a exposição em bancos menores ou com maior risco.

Em 2025, o FGC celebrou 30 anos, reforçando seu papel central na confiança do Sistema Financeiro Nacional.

Regulamentações recentes do Conselho Monetário Nacional (CMN) de agosto de 2025 aumentaram a exigência de liquidez para bancos com captação concentrada em depósitos garantidos.

Essa medida visa mitigar riscos e incentivar uma gestão mais prudente dos passivos bancários. Portanto, o sistema de proteção se aprimorou, oferecendo maior solidez para os depositantes.


O que é Tesouro Direto e qual sua relevância atual?

CDB ou Tesouro Direto

O Tesouro Direto é o programa do Tesouro Nacional para a venda de títulos públicos federais a pessoas físicas, com o objetivo de financiar a dívida pública.

Na prática, você empresta dinheiro ao governo brasileiro, considerado o ativo de menor risco de crédito no país.

A segurança reside na capacidade do governo de emitir moeda ou aumentar impostos para honrar seus pagamentos.

A grande relevância do Tesouro Direto atualmente está em sua segurança incomparável e na liquidez, especialmente do Tesouro Selic.

Ele é ideal para objetivos de curto prazo, como a sua reserva de emergência, permitindo resgates em um dia útil (D+1).

Outros títulos do Tesouro oferecem proteção contra a inflação e rentabilidade prefixada para o longo prazo.

Os títulos do Tesouro Nacional se dividem em três tipos principais: pós-fixados (Tesouro Selic), prefixados (Tesouro Prefixado) e híbridos (Tesouro IPCA+).

O investimento inicial pode ser bastante baixo, a partir de R$ 30,00, democratizando o acesso ao mercado de capitais para investidores com R$ 1.000.

Essa acessibilidade e a garantia soberana do governo são inestimáveis.

O Tesouro Direto, no entanto, pode sofrer com a chamada marcação a mercado, especialmente títulos prefixados e IPCA+ resgatados antecipadamente.

Isso significa que o preço do título varia diariamente conforme as taxas de juros futuras. Se você vender antes do vencimento em um momento desfavorável, pode ter prejuízo.

+ Como investir o dinheiro da Restituição do Imposto de Renda? 

Por que a taxa Selic é crucial para o Tesouro Direto?

A taxa Selic, a taxa básica de juros da economia, é crucial porque serve como referência direta para o Tesouro Selic e indireta para todos os outros ativos.

O Tesouro Selic tem sua rentabilidade atrelada à variação desta taxa mais um pequeno adicional fixo. Com a Selic alta, o retorno desse título é imediato e vantajoso.

Em setembro de 2025, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano, uma das maiores taxas em duas décadas.

Esse patamar elevado foi impulsionado pela inflação persistente e pelas preocupações com as contas públicas do país. Tais condições criam um ambiente excelente para a renda fixa pós-fixada.

Uma Selic em 15% significa que o dinheiro parado rende muito mais, aumentando a atratividade do Tesouro Selic para a segurança.

Esse ciclo de juros altos torna os investimentos em renda fixa mais competitivos em comparação com a renda variável.

Você ganha segurança e rentabilidade ao mesmo tempo, algo raro no mercado.

Por outro lado, uma Selic alta também eleva o custo dos empréstimos e freia a atividade econômica em geral.

Para o investidor, o cenário atual de juros permite acumular patrimônio em ativos de baixo risco, como o Tesouro Selic.

Acompanhar as decisões do Copom a cada 45 dias é vital para ajustar sua estratégia.


CDB ou Tesouro Direto: Qual a melhor escolha para R$ 1.000?

A decisão sobre onde investir seus R$ 1.000, se em CDB ou Tesouro Direto, deve ser guiada pelo seu objetivo de prazo e pela necessidade de liquidez.

O investidor iniciante, na maioria das vezes, precisa de dinheiro para a reserva de emergência ou para metas de curtíssimo prazo. Nesses casos, a liquidez é o fator decisivo.

Imagine que você está construindo um muro (seu patrimônio) e precisa de dois tipos de cimento para a base.

Um cimento é o Tesouro Selic, que seca rápido e permite que você acesse a base em caso de emergência.

O outro é um CDB de vencimento longo, que endurece de forma mais lenta, mas oferece uma resistência superior, ou seja, maior rentabilidade.

Para sua reserva de emergência, o Tesouro Selic é imbatível, oferecendo liquidez diária e a máxima segurança soberana do país.

Você resgata hoje e o dinheiro cai na conta amanhã, sem risco de desvalorização abrupta.

Embora alguns CDBs ofereçam liquidez diária, eles ainda possuem o risco de crédito da instituição bancária.

Agora, se você tem os R$ 1.000 reservados para uma meta de médio prazo, como a entrada de um carro daqui a três anos, o CDB pode ser superior.

Você pode encontrar um CDB de um banco médio pagando 110% do CDI, travando uma rentabilidade maior que o Tesouro Selic.

Nesse caso, a segurança do FGC cobre integralmente seu valor aplicado de R$ 1.000.

Exemplo 1 (Reserva de Emergência): Maria possui R$ 1.000 para a reserva e optou pelo Tesouro Selic. Em setembro de 2025, o pneu do seu carro furou e ela precisou de R$ 300 rapidamente.

Em menos de 24 horas, o dinheiro estava disponível na conta, sem ter sofrido com a marcação a mercado ou com taxas de resgate antecipado. A liquidez se provou essencial.

+ Onde investir 1000 reais? Saiba como multiplicar o seu dinheiro!


Como escolher o título ideal de CDB ou Tesouro Direto?

Avaliar o cenário econômico e suas próprias metas é fundamental para determinar qual investimento é ideal para você.

O ambiente de juros altos de 2025 favorece a renda fixa, mas a escolha entre os títulos depende do seu horizonte.

Para longo prazo e proteção inflacionária, o Tesouro IPCA+ é excelente e a rentabilidade é real.

Para escolher o CDB ideal, verifique a taxa oferecida (acima de 100% do CDI é sempre melhor) e o vencimento do papel.

Quanto maior o prazo de vencimento, menor será a alíquota de Imposto de Renda a ser paga, chegando a 15% após dois anos.

Priorize bancos médios ou pequenos que oferecem taxas mais agressivas, pois o FGC garante a segurança.

No Tesouro Direto, a escolha é mais simples: Tesouro Selic para o curto prazo e liquidez, e Tesouro Prefixado ou IPCA+ para o longo prazo.

Lembre-se que o Tesouro Direto, diferentemente de alguns CDBs, possui uma taxa de custódia de 0,20% ao ano, cobrada pela B3. Embora pequena, ela deve ser considerada no cálculo final.

O mais inteligente é combinar as duas opções na sua carteira.

O Tesouro Selic serve como base de liquidez, e o CDB com vencimento mais longo permite capturar as maiores taxas.

A diversificação minimiza riscos e otimiza o retorno, protegendo você de imprevistos em ambos os lados do mercado de crédito.

Indicador de InvestimentoTesouro Selic (pós-fixado)CDB Pós-Fixado (110% CDI)
SegurançaRisco Soberano (Mínimo)Risco de Crédito do Banco (FGC até R$ 250 mil)
Rentabilidade Estimada em 2025Aproximadamente 15% a.a.Aproximadamente 16,5% a.a.
LiquidezDiária (D+1)Varia (Diária ou no Vencimento)
Recomendado paraReserva de EmergênciaMetas de Médio/Longo Prazo
IR no Longo Prazo (> 720 dias)15% sobre o rendimento15% sobre o rendimento

Quais são os dados atuais que validam essa estratégia?

O mercado de renda fixa no Brasil atingiu um marco significativo, ultrapassando a marca de 100 milhões de investidores com um volume total superior a R$ 2,9 trilhões, segundo dados da B3 de 2025.

Esse crescimento demonstra a confiança e a migração de recursos da poupança para ativos mais rentáveis.

Essa estatística valida a prioridade do investidor brasileiro por segurança e taxas atrativas, que os ativos de renda fixa proporcionam.

Um ambiente de juros elevados estimula essa busca por rentabilidade garantida.


Quais cuidados tomar ao investir em renda fixa hoje?

Mesmo investindo em renda fixa, que é geralmente mais segura, você precisa tomar alguns cuidados essenciais.

Em primeiro lugar, nunca confunda liquidez com vencimento, pois um CDB pode ter vencimento em 5 anos, mas oferecer resgate diário.

No entanto, o resgate antecipado pode resultar em uma rentabilidade menor que a esperada.

Outro ponto crucial é a correta aplicação do Imposto de Renda, que possui uma tabela regressiva sobre os rendimentos.

Quanto mais tempo o dinheiro permanece investido, menor será a alíquota do imposto cobrado, sendo 22,5% para aplicações de até 180 dias.

O ideal é manter o dinheiro investido por pelo menos dois anos, atingindo a alíquota de 15%.

É fundamental monitorar constantemente o risco de crédito do emissor do CDB.

Bancos menores pagam taxas mais altas porque o mercado percebe um risco sutilmente maior.

Embora o FGC cubra o valor, ninguém quer enfrentar a burocracia de acioná-lo. Consulte sempre os relatórios de solidez das instituições financeiras.

Exemplo 2 (Risco de Crédito): João, atraído por um CDB de 120% do CDI com vencimento em 4 anos, aplicou R$ 1.000 em um pequeno banco.

O banco enfrentou problemas de liquidez e foi liquidado pelo Banco Central. João, por ter o valor abaixo de R$ 250 mil, recebeu seu dinheiro de volta pelo FGC, mas o processo levou meses.

A rentabilidade extra não compensou a dor de cabeça e o tempo de espera.

Você deve priorizar sempre a sua corretora, garantindo que ela é devidamente regulamentada e autorizada pelo Banco Central.

A confiabilidade do intermediário é tão importante quanto a segurança do próprio título. Mantenha-se informado sobre as mudanças regulatórias, como as novas regras do FGC de 2025.

Para se aprofundar na segurança regulatória do FGC e nas atualizações sobre as regras de depósitos, você pode consultar o site oficial do Fundo Garantidor de Créditos, o qual detém a Autoridade no assunto.

O FGC é a garantia máxima para os CDBs. (Fonte: FGC – Fundo Garantidor de Créditos).


Conclusão

Diante do cenário de juros de 15% ao ano em 2025, a renda fixa se consolida como uma excelente opção para o investidor com R$ 1.000.

O CDB ou Tesouro Direto são escolhas sólidas e seguras, mas sua aplicação ideal depende do seu propósito de investimento.

Para a reserva de emergência, com foco na liquidez e no baixo risco, o Tesouro Selic prevalece.

Se o seu objetivo é o médio ou longo prazo, e você aceita travar o dinheiro até o vencimento para buscar um ganho maior, o CDB se destaca.

Opções com 110% do CDI, garantidas pelo FGC, oferecem uma rentabilidade superior ao título público. Lembre-se, o investidor inteligente não escolhe o “melhor”, mas sim o mais adequado ao seu momento.

O segredo do sucesso financeiro reside na coerência da sua estratégia: diversificar, respeitar seu prazo e entender a segurança que o FGC e o Tesouro Nacional oferecem.

Com R$ 1.000, você já está no jogo da multiplicação patrimonial.

Você já parou para pensar em quanto seu dinheiro está perdendo hoje parado na conta corrente ou na poupança?

Para ter acesso a dados atuais sobre a Taxa Selic, o principal balizador da rentabilidade desses ativos, consulte o site oficial do Banco Central do Brasil. (Fonte: Banco Central do Brasil).


Dúvidas Frequentes (FAQs)

R$ 1.000 é suficiente para investir em CDB ou Tesouro Direto?

Sim, R$ 1.000 é mais do que suficiente para começar a investir nas duas modalidades.

O Tesouro Direto permite aportes mínimos a partir de R$ 30,00, e muitos CDBs exigem apenas R$ 100,00 ou R$ 500,00.

Qual dos dois tem maior liquidez para resgate imediato?

O Tesouro Selic oferece a maior liquidez para resgate imediato, com o dinheiro caindo na conta em D+1 (um dia útil).

Embora alguns CDBs tenham liquidez diária, o Tesouro Selic tem a garantia e a transparência do governo.

O CDB que paga 120% do CDI é sempre melhor que o Tesouro Selic?

Não é sempre melhor; ele é mais rentável, mas exige uma análise do risco de crédito do emissor e do prazo de vencimento do título.

O Tesouro Selic tem segurança soberana, enquanto o CDB tem a garantia do FGC, mas apenas até R$ 250 mil.

Devo me preocupar com o Imposto de Renda ao escolher entre CDB ou Tesouro Direto?

Sim, ambos os investimentos seguem a mesma tabela regressiva de IR sobre o rendimento, o que é um fator crucial.

Aplicar por mais de 720 dias garante a alíquota mínima de 15%, maximizando seus ganhos líquidos.

O que é Marcação a Mercado e como ela afeta minha escolha?

A Marcação a Mercado afeta os títulos prefixados e IPCA+ do Tesouro, fazendo o preço variar diariamente.

Ela não afeta o Tesouro Selic nem os CDBs pós-fixados mantidos até o vencimento, tornando-se irrelevante para o curto prazo.

Trends